Em casa dos meus pais, os sabores da cozinha do magreb são muito frequentes e apreciados…
Ter um tio com ascendência tunisina e italiana (sim, que misturada!) e o facto de o meu pai ter vivido metade da vida em Paris (que, resultado da imigração, tem a cultura magrebina muito enraizada), a isso levaram. Por isso, quando provei esta tagine em casa de amigos, os sabores tão fortes e tão familiares tornaram-na numa receita a replicar. Mais uma vez, o grupo do costume foi a cobaia (dona Be, incluída) e a tagine foi aprovadíssima!
Ingredientes:
- 2 pernas de cordeiro (aproximadamente 1,2 kg)
- 350 gr azeitonas pretas em sal descaroçadas
- 100 gr cebolas caramelizadas
- 4 colheres de chá de alcaparras
- 2 colheres de chá de cominhos
- 2 colheres de chá de gengibre
- 1 cabeça de alho (separada em dentes)
- 75 cl de vinho tinto
- flor de sal q.b.
- couscous
- grão de bico
Preparação:
- Partir o cordeiro em pedaços grosseiros.
- Juntar todos os ingredientes numa tagine (ou num tacho que possa ir ao forno) e mexer bem.
- Levar a tagine a ferver e quando começar a borbulhar, colocar a tampa e levar ao forno, previamente aquecido a 150ºC, durante 2h30.
- Acompanhar com couscous de paprika e grão de bico.
Bon appétit!
(serve 6 pessoas)
Sugestão de vinho:
Os pratos de cordeiro bem condimentados são sempre fáceis de conjugar com os tintos alentejanos. A inspiração norte-africana leva-nos a escolher um produtor do alentejo que na sua imagem se inspira também em elementos árabes – Azamor.
Para a tagine recomendamos o Azamor Petit Verdot, um blend com predominância da casta que lhe dá nome, com um perfil ligeiramente diferente do que estamos habituados nos alentejanos “quentes e doces”, aqui com alguma frescura muito agradável.
Não provei, mas tenho a certeza que estava delicioso. Para a próxima quero ser cobaia 🙂