Sim, nós tentamos que este seja um blog de culinária com um qualquer je ne sais quoi de elegância… mas a verdade é que somos duas mulheres banais, com vidas banais e que se deparam com os mesmos “problemas” que o resto da população…
Por esse motivo, este prato não surgiu de um maravilhoso e repentino laivo de inspiração mas, confesso, tão só e apenas graças ao final da validade da dita farinheira. E foi então, perante a obrigatoriedade de ter que dar destino à mesma (tenho uma aversão profunda a deitar comida fora) que preparei esta delícia. Ficou muito agradável porque o sabor acentuado da farinheira foi suavizado pelas natas e equilibrado com os espinafres. E as nozes deram o toque final!
Ingredientes:
- 1 farinheira
- 1 molho de espinafres
- 200 ml natas ligeiras
- Meia chávena de nozes grosseiramente moídas
- Pimenta preta q.b.
- Flor de sal q.b.
- Azeite q.b.
- 4 dentes de alho picados
- Esparguete q.b. (estimo sempre 110 gr/pax)
Preparação:
- Cozer o esparguete al dente em água com um fio de azeite e flor de sal.
- Esturgir os dentes de alho finamente picados em azeite.
- Adicionar a farinheira (sem a tripa) grosseiramente partida e deixar cozinhar.
- Juntar as folhas de espinafres (não é necessária cozedura prévia).
- Temperar (flor de sal e pimenta preta) e deixar apurar.
- Acrescentar as natas ao preparado anterior e deixar cozinhar.
- Envolver o esparguete neste preparado.
- Empratar com as nozes previamente moídas e servir.
Bon appétit!
Sugestão de vinho:
O vinho branco é ingrediente habitual na cozinha mediterrânica. A sugestão do vinho desta vez vem em forma de “dica”, dentro do tema de “aproveitar sem desperdícios”: Esqueçam os “pacotinhos” de vinho (muito) barato que só serve para (maus) cozinhados. Saindo um pouco da zona de conforto habitual neste género encontramos vinhos fantásticos por menos de 3~4€ que não só são perfeitos para a cozinha do dia-a-dia como tornam o próprio acto de cozinhar numa experiência ainda mais agradável ao permitir que acompanhemos a elaboração da refeição com um “fundinho” de um bom vinho que nos desperta ainda mais para os aromas que estamos a preparar. Guardado no frigorífico, de preferência com uma rolha de vácuo qualquer vinho dura 2 ou 3 semanas sem se alterar muito (sim, 2 semanas – um “fundinho” para o cozinheiro(a) é suficiente!)
Há imensas opções no mercado mas podem começar com o Quinta da Alorna Branco.